Quando a conta não fecha, se paga com a vida.
A ABCDT e a SBN apresentaram esta semana, em reunião no Ministério da Saúde, um estudo inédito encomendado pelas duas entidades à consultoria Planisa, com base na KPIH — a maior base de dados de custos em saúde da América Latina, que detalhou o impacto da defasagem da Tabela SUS no custeio dos serviços de diálise.
Atualmente, o custo operacional real de uma sessão de hemodiálise no Brasil é de R$ 343, sem impostos. O que o SUS paga? Apenas R$ 240,97 – uma defasagem de mais de 38%, que coloca em risco o acesso, a qualidade e até a existência dos serviços de diálise no país.
Atualmente, o país conta com mais de 172 mil pacientes em diálise, sendo 85% atendidos pelo SUS. Desses, 94,6% realizam hemodiálise. O estudo analisou 31 unidades privadas com mais de 1.000 sessões/mês, adotando metodologia técnica rigorosa de custeio por absorção.
A situação é insustentável e, por conta desse cenário, clínicas vêm fechando as portas.
Nossa luta pelo reajuste é pela dignidade, pela vida e pelo direito ao tratamento de milhares de brasileiros.
Diálise é direito. Reajuste é dever.
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