A Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) participou, nesta quarta-feira (8/10), de uma audiência extraordinária online com o Conselho Federal de Medicina (CFM) para tratar da grave crise que atinge os serviços de diálise no Sistema Único de Saúde (SUS).
O encontro contou com a presença do presidente da SBN, José A. Moura Neto, e do vice-presidente Sudeste, Pedro Túlio Rocha, que levaram ao CFM dados atualizados sobre a situação de desassistência enfrentada por clínicas e pacientes em todo o país.
Atualmente, mais de 1.000 pacientes em todo o país aguardam internados em hospitais uma vaga em clínicas de diálise, segundo levantamento da SBN. Esse número evidencia o colapso iminente da rede pública, que já opera no limite de sua capacidade. A SBN reforçou que a defasagem de mais de 35% nos valores de custeio da terapia renal substitutiva, comprovada em estudo técnico realizado pela Planisa a pedido da SBN e da ABCDT, vem comprometendo a sustentabilidade dos serviços e colocando em risco a continuidade do tratamento de milhares de pessoas com doença renal crônica.
Durante a reunião, o CFM manifestou preocupação com o cenário e se colocou à disposição para colaborar institucionalmente na busca de soluções junto ao Ministério da Saúde, reforçando a gravidade da situação sob a ótica ética e assistencial.
A SBN destacou que a falta de reajuste adequado e de medidas concretas por parte do Governo Federal configura uma crise humanitária silenciosa, que exige respostas urgentes e estruturantes para preservar vidas e garantir o direito à saúde dos pacientes renais.
Ao final do encontro, as entidades reafirmaram o compromisso com o diálogo e com a mobilização de todos os atores do sistema de saúde para que a diálise continue acessível a quem mais precisa.
📍Brasília-DF, 8 de outubro de 2025
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