A SBN e a ABCDT reuniram-se hoje (25/5) com a SAES no Ministério da Saúde, em Brasília.
Na reunião, foi informado pela Diretora do DAET o aporte emergencial de R$ 200 milhões para o setor de diálise – o que já havia sido pactuado na comissão intergestora tripartite ocorrida horas antes. Até então, os critérios para o aporte desse incentivo não tinham sido discutidos com os representantes da SBN e da ABCDT.
Foi apresentado também um resumo do estudo contratado pelo Ministério da Saúde, através do PROADI-SUS, e realizado por um hospital privado de São Paulo, para avaliar o custo médio de uma sessão de diálise. O estudo apresentado apontou inconsistências com a realidade brasileira e, tanto a SBN, quanto a ABCDT, solicitaram aos representantes do Ministério a publicização dos detalhes do estudo.
Além de representantes do SAES, DAET e DESIT do Ministério da Saúde, participaram da reunião, o Presidente da SBN, José Moura Neto, o Secretário Geral Lúcio Requião, o Presidente da ABCDT, Yussif Ali Mere e o Vice-Presidente da ABCDT, Leonardo Barberes. Essa é a terceira reunião presencial que a SBN participa desde março de 2023. Em nenhuma das vezes a SBN foi recebida pela Ministra da Saúde, Nisia Trindade, ou pelo Secretário da SAES, Helvécio Magalhães. Essas ausências têm sido cobradas de forma enfática pela SBN, sob o risco do governo não estar demonstrando a prioridade que a crise impõe.
Mais uma vez, os representantes da SBN deixaram claro que há risco iminente de desassistência, que brasileiros mais vulneráveis estão sob risco de morte, que há um grande contingente de pacientes internados aguardando vagas para tratamento ambulatorial, e que a crise causada pelo subfinanciamento do setor está colocando a rede assistencial sob risco de desmonte.
Ao fim da reunião, um novo encontro foi agendado para o dia 13 de junho, quando o estudo realizado com o financiamento do PROADI-SUS poderá ser discutido em detalhes, caso o Ministério da Saúde atenda a solicitação e o torne público.
A SBN seguirá na luta para evitar o agravamento dessa crise que coloca em risco de desassistência mais de 150 mil brasileiras e brasileiros em diálise que dependem do SUS para sobreviver.
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